Todo mundo achava que a avó não ia viver muito depois daquela internação. A família acreditou que não passaria o próximo inverno. O que entristeceu a todos. Foi quando os filhos decidiram dividir tudo que havia no apartamento dela. A partilha já estaria feita.
Mas ela, firme e forte e com desejo de viver, continuou no território do filho, não tão jovem a ter que administrar os cuidadores, talvez tivesse coisas a resgatar ao conviver com a mãe.
Uma das netas lhe deu mais um bisneto, passava da dúzia e ela ali frágil mas muito feliz com a prole.
O cuidar "uns dos outros" era comum naquele grupo. Uns com os outros? Não.
Ser cuidador era muito cansativo.
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