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14 de jan. de 2014

ESCRITA PERCEPTIVA: LUGAR DE ENCONTRAR - últimos dias de inscrição

Oficina de Escrita Terapêutica com Marilice Costi
 



De 25 de janeiro a 22 de março de 2014


 Como coisas simples são capazes de nos fazer descobrir coisas nossas!
 Descubra a importância da palavra em nosso contexto de vida.
Como desenvolver a empatia através da escrita e aprender a valorizar a poesia em si e nos outros.
Descubra a comunicação que inicia com a mãe e se desenvolve do seio materno até a escrita.
A escrita terapêutica. A importância da Literatura: poesia, crônica, conto.
A contação de histórias e como ela desenvolve nosso raciocínio e a criatividade.

PÚBLICO ALVO
Arteterapeutas, terapeutas, assistentes sociais, pedagogas, psicopedagogas, profissionais que buscam autoconhecimento através da escrita, estudantes de áreas afins.


 
PROGRAMA


ü  Autoconhecimento através da escrita.
 
ü  Desbloqueio da escrita e criatividade.


ü  A literatura (poesia, crônica e conto), recursos artísticos e sua relação com a escrita terapêutica.


ü  Leitura e construção textual.


ü  Técnicas arteterapêuticas com a escrita.


ü  Os cuidados arteterapêuticos com o processo criativo da escrita.


 
CRONOGRAMA


MÊS
DIAS
HORÁRIOS / TURNOS
Janeiro
25
Das 9h30s às 12hs (manhã)
Das 14hs às 16h30 (tarde)
Fevereiro
01, 08 (ou 7), 15 
Março
08, 15 e 22
Havendo possibilidade do grupo,
o sábado (manhã e tarde) poderá ser trocado para  sexta à noite e sábado pela manhã.
 
 
FACILITADORA
Marilice Costi

Especialista em Arteterapia, Mestre em Arquitetura, escritora, docente, oficineira, consultora e pesquisadora, especialista em saúde na SES. É Artista plástica, responsável pelo acompanhamento dos depoimentos na revista O CUIDADOR, onde é a editora-chefe, coordenadora editorial e capista.
Trabalhou sempre com estímulo a processos criativos. Desde 1995, utiliza técnicas de desbloqueio da escrita nas oficinas de poesia, prosa ou texto técnico, com o suporte de recursos artísticos.

Autora de diversos artigos publicados em Congressos e dos seguintes livros: Gatilho nas palavras (romance) – SCORTECCI, 2012; Tempos Frágeis (contos) - MOVIMENTO, 2009. Como controlar os lobos? proteção para nossos filhos com problemas mentais(depoimento/psicologia) – AGE, 2002; A influência da luz e da cor em corredores e salas de espera hospitalares (arquitetura) – EDIPUCRS, 2000; Poesia: Mulher ponto inicial (1985) e Clichês domésticos (1994), Ressurgimento (Prêmio Açorianos - Poesia 2006).
É membro da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul (ALFRS) e da Associação de Arteterapia do Rio Grande do Sul (AATERGS) – inscr. nº 072/2008.
Organiza e edita livros, faz projetos gráficos e copydesk.  Ministra cursos e palestras com foco no cuidado, quebra de paradigmas, percepção, arteterapia, singularidade, literatura e desbloqueio do processo criativo.


 LOCAL DAS AULAS


Rua Santana, 666 / CJ 504 - Bairro Farroupilha –Porto Alegre/RS.
Fácil acesso de ônibus (próximo à Ipiranga) e lotação (Santana).
Local com ar-condicionado.    
Possibilidade de estacionamento em garagem paga ou estacionamento na rua próximo ao prédio.


 
 CERTIFICAÇÃO


Os alunos com frequência acima de 75% receberão o certificado do Curso. Este também poderá ser utilizado para comprovação acadêmica de horas complementares (para estudantes).


 
 INVESTIMENTO:


Matrícula de R$ 300,00 (em cheque ou dinheiro) + 2 parcelas de R$ 330,00 no cartão de crédito.
À vista: 6% desconto.
 
 

INSCRIÇÕES:
SANA ARTE
Tel.: (51) 3028.7667 - somente à tarde.
E-mail: apoio@ocuidador.com.br

Memórias de Marilice: HISTÓRIAS DE MINHA MÃE


Mãe, o que vou fazer agora? Era muito comum lhe pedir após fazer meus temas escolares. Minha mãe sempre queria que eu dormisse após o almoço, porque, além de ser a hora do silêncio para a sesta de 30 minutos de meu pai, eu, hiperativa, lhe exigia muito e a cansava. Ela sempre criava algo ou me dava alguma tarefa que a auxiliava em seu trabalho de cuidar do lar. No entanto, dormir após o almoço era ter suas histórias e tê-la só para mim, pois seu colo era dividido sempre entre muitos netos e eu. A maioria das histórias, eu não ouvia o final, pois pegava no sono. Elas eram repletas de animais. O casamento dos ratinhos é o que mais lembro. O ratinho Lalau se apaixonou por Marieta e depois de namorarem, casou-se com ela, a mais inteligente e educada de todas as ratinhas do bairro. No dia do casamento, ele vestiu casaca e possuía uma flor na lapela. Marieta estava com um vestido branco de babadinhos, laços de fita, buquês de rosas biscuit (as que tínhamos em nosso jardim) e sapatinhos delicados forrados de cetim. A grinalda e o buquê exalavam perfumes e todos se encantaram quando ela passou pelo corredor da igreja na direção do altar, onde o futuro "maridinho" a esperava. Mamãe descrevia o padre, a roupa, o sacramento e cada um dos convidados com seus presentes. Após a cerimônia, havia festa com todos os animais da floresta, que teriam vindo especialmente para o casório. E ela encantava descrevendo cada um, pois naquele dia ninguém brigava com ninguém. Todos cantaram e dançaram até o amanhecer, quando os noivos então embarcaram em um navio a vapor para a lua de mel no Rio de Janeiro. E eu, aqui, talvez já tivesse adormecido.

Tenho certeza que meu prazer pela contação de histórias e pelos contos de fadas vêm dessas tardes, quando ela, sempre dividida entre tantas pessoas e coisas, era só minha naquela enorme cama acolhedora, onde ela me cedia o seu lugar, nunca o do papai. Eram os momentos em que ninguém me tirava do seu colo.