um banco de acolher almas - um rio
beijo-saudade a compor estuário
é memória de mãos, mente febril
todo mar
em curtas horas - é maré
ventos e
nimbos, mas tantas estrelasum caro preparo de um belo tempo
no encurtamento
pleno de palavras,
há alegria,
o desejo: o estar alino tênue aconchego de águas-vivas
se enlaçam apenas carne? todo um mar?
há
leitura de páginas ainda virgens
num
vir-a-ser prazer em outras milnoites, histórias ao amor Sultão
no tempo standby, dela, Sherazade
as histórias contadas ao ouvido
feliz, no desempacotar carinhos
as pipas, os ceróis, sabiás e pombas
há
pós-entrega a comporem papéis
em cruz,
cada um na luz dos caminhos
na certa
que reencarnam sido e feitoos múltiplos em um, o tanto enquanto
em piccolo momento, molto e altri
fênix ao
ser piccola mulher é
universo contido
e sem cortinas com ele, leão - vida-enciclopédia
Que pena,
há pena? a prensa, a impressora,
o movimento
é histórico velozna mesa, está pronta a pena molhada?
o corpo aguarda registro de vida?
sabedoria é perpetuar
corpos eleitos - possível entrega.Marilice Costi é autora dos livros de poesia: Mulher Ponto Inicial, Clichês Domésticos, Ressurgimento (Prêmio Açorianos 2006) e muitos outros poemas. Ministra Oficinas de poesia desde 1995.
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