texto abaixo do cabeçalho


16 de set. de 2011

O CUIDADOR 14 - BLISS? PERCEBA O CHAMADO!


Como saber se estamos no trajeto de vida que nos trará realização? Um dia, ouvi de um amigo: descobre o que gostas de fazer e o universo conspirará a teu favor; não trabalharás mais por obrigação, mas com prazer. E gerarás riqueza porque para isso foste feita: para construir com e para a humanidade, onde te inseres. O cuidado está ali, porque é o que mantém a vida.

É preciso estar atento e desconectado dos ruídos que nos tiram da rota. Movidos pela energia coletiva, vivemos em bandos, comunicamo-nos em redes, somos parte de comunidades e nos construímos uns com os outros. Esta edição da OC é um depoimento dessa construção. Confira na matéria sobre drogadição, a importância dos monitores nas casas terapêuticas para usuários de drogas, cada vez mais jovens. 

Entenda o movimento da família de quem tem transtorno bipolar, na continuação do relato de Milena, que terminará na próxima edição.

 A equipe da OC homenageia as cuidadoras, pelo Dia Universal da Mulher, data escolhida devido ao assassinato de operárias americanas quando lutavam pelos seus direitos. Saiba mais sobre violência às mulheres no informe Delegacia para a Mulher e na matéria que traz um teste e informações sobre a Lei Maria da Penha. As cuidadoras públicas invisíveis que se encontram de prontidão em tantos lugares no Brasil, assim como estiveram as enfermeiras e as vivandeiras na Guerra do Paraguai. A História.

Jornada de Herói, mito estudado por Campbell, é constituída por três fases. Em qual delas estás? Bliss, quando reconhecemos o chamado. Momento de escolha, a encruzilhada, hora crucial que exige autocuidado que resulta na renovação do próprio caminho. Mulheres heroínas? Muitas, de todos os tipos. O quanto nos construímos – umas com as outras – ao compartilhar singularidades! Mas somos iguais na possibilidade de dar colo: o acolhimento também fundamental aos cuidadores homens.  

Boa leitura!


Marilice Costi
www.sanaarte.com.br/publicacoes

14 de set. de 2011

O CUIDADOR 15 - COMO ROMPER BARREIRAS?

Como lidar com nosso desejo de eternidade? A felicidade é impermanente. O ser humano está sempre em contínua mudança. Queremos o imutável porque nos sentimos mais seguros. Dependemos de forças às quais somos incapazes de controlar: nosso inconsciente, a energia dos outros, os ciclones, o caminho inevitável para o envelhecimento.

Podemos atenuar nossas dores compreendendo como outras pessoas resistiram às suas, porque felizmente podemos aprender uns com os outros. E é isto que ocorre também com quem adoece. As dolorosas perguntas sem resposta: Por que acontece comigo? Sobreviverei? O que também mobiliza os sentimentos dos familiares, especialmente dos companheiros de vida com quem formam casal.  O autocuidado arteterapêutico no momento de administrar interiores, as caixinhas que compõem nossa vida, matéria que ainda vai vir com mais detalhes na OC.

Reconstruir-se é um desafio que exige que olhemos para dentro de nós. E para isso precisamos recursos que podem estar na arteterapia, no colo de um amigo, na mão firme dos profissionais. Todos nos cuidam, de todos queremos colo e esperança.

Sou cega, mas vou em frente. O e-mail de nossa leitora que me surpreendeu! Tanto tem a nos ensinar depois de abandonos, a vida em outra dimensão. Leia também sobre o prazer da dança, projeto para idosos: como o corpo alimenta o espírito – via de mão dupla – também a mente a nos carregar. Alimento que também está na matéria sobre a amamentação, uma experiência pública que vem construindo vidas e formando redes de cuidados.

Leia a entrevista de um psiquiatra sobre o valor da narração das histórias construindo vínculos entre pais e filhos; e sobre o livro de sua autoria. A dificuldade na construção das relações afetivas está na nossa dica de literatura: o personagem autista confidencia seus pensamentos e nos tornamos cúmplices de Christopher. Somos absorvidos por sua narrativa dramática e hilária: questionamos o universo, Deus, os animais, a ordem dos números, a sua habilidade matemática e as relações, que podem ser tão mais simples como apenas um tocar de mãos, único contato físico que ele permite. Tanto a compreendermos sobre essas pessoas.  
Junto a isso, a crônica de um mineiro: administrar o excesso de cuidados?  
Confira e escreva para a redação!
Boa leitura! 

Marilice Costi