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8 de mar. de 2008

às mulheres de mi vida

Marilice Costi
08/03/2008 - 01:00 h
Magros corpos escorridos ou redondos seios de acolhida, ouvidos moucos ou atentos de colo, bocas grandes ou pequenas de afagos, olhos de muitas ou poucas verdades, interestelares fios de afeto e celulares, muitas em uma só, uma só em muitas, são todas e únicas, comuns e singulares, meus pares de hormônios, terapeutas e irmãs, mães, mestras, junto todas numa só, e és tu, a mais próxima, e és ela, a mais distante, aquela que nunca mais, aquela imenso vazio, aquela que foi-se, a outra que danou-se, minhas colegas do dia, minhas filhas, minhas alunas, minhas especiais, todas fenomenais.
E somos todas Gaia, polaridades da mente inquieta e da mente sem ou a precisar de meta, Robertas, Neusas, Renatas, Melinas, Marinas, Carolinas, Karinas, Margaridas, queridas, Eloísas, Alices, Elbenices, matizes, Analices, Analúcias, Lúcias, astúcias, Terezas, Jeanetes, Rosanes, Elisabetes, Lisianes,Taises, Clarices, peraltices, Gessis, Fátimas, Janes, Lilianas, Irenes, Gabrielas, Francieles, Mirians, Izabéis, Marias, Beatrizes, Celis, Dulces, Denises, Ednéias, colméias, Margas, Margaretes, Ingrids, Lenas, Helenas, Marias, Gladis, Carlas, Lianas, Domingas, Neivas, Cristinas, Ângelas, Sônias, Sissis, Taimaras, Silvanas, Lilianas, Joanas, Lias, Maras, Glacires, Lurdes, Renatas, regatas, Martas, Suzéis, pincéis, Mônicas, Aldinas, serpentinas, Suzetes, Deisis, croquetes, Silvias, Selenes, Suzanas, cabanas, Graças, Joanas, as manas, Clarices, Angélicas, Julietas, violetas, Beatrizes, Delis, Glacis, Yasmins, Janices, festins, Valescas, Vivianes, Juçaras, Veras, Elviras, quimeras, Simones, Adrianas, Janainas, Agdas, Bárbaras, Berenices, Telmas, Joelmas, Rejanes, Marianes, Luizas, Giseles, Vitórias, Micheles, Rosanas, Dominiques, Marilus, Clarindas, as dindas, Giselas, Carmelas, Cláudias, Anas, Marianas, Neumas e Léos, chapéus, Odetes, Normas, Natálias, crisálidas, Marisas, Sandras, Francilenes, Marlenes, Tenizas, Hildas, Eloás, Nenas, Morganas, Reginas, Raquéis, Rosas, chorosas, Zilás, Zairés, cafés.
Multicores, todas em uma, vir-a-ser viés de lunas, as Antonias, Amélias, Aldas, todas meus amálgamas.

Todas rimas com meninas: com ventre, serpente, vertente, carente, doente, potente, coerente, poente, dormente. Trens, chás, trilhos, que carregam meninos. Doutoras, parteiras, benzedeiras, cantoras.
E todas sois sóis e estrelas, cadentes e valentes, pó, argila, chuva e terra; firmes no firmamento, estrelas Dalva, estrelas da manhã, Yansã ou verdes orvalhos ou garças gaivotas ou pombas águias.
Estas mulheres de minha vida são água e fogo, terra e vento. Luz e lamento. Tormento e encanto. São o quanto sou de amianto, de manto, de acalanto.

Meta-morfeu-apoteosis-fênix

Cuidadoras de mi vida

mundaréu nimim.


Marilice Costi - publicado na revista O Cuidador 


5 comentários:

Irene Espíndola disse...

Mrilice, que lindo... mas para mim não é surpresa! Tu és uma fonte de poesia, renovação-inovação... mulher adorável... Adorei... quero mais...rsss beijos, Irene

Gabriela disse...

Hum... gostei bastante do blog !!! Muito interessante! :) É 10 !!! ADOREI !!!!!

beijos...
Gabi

Marilice Costi disse...

Sinto-me privilegiada quando leio teu deleite em obra escrita.
Liiiindo!!!
Obrigada.
Que tu tenhas conseguido sentir a tua potência neste dia especial. E que isso tenha te trazido muito contentamento.
Com carinho,
Adriana Rossoni

Anônimo disse...

Gostei...gostei muito do texto, da forma como expressaste a presença das mulheres na tua vida. Parabéns pelo dia da mulher, essa mulher forte que brota a cada dia no teu coração.
beijos
Celi Maria Costi Ribeiro

Zilá Mesquita disse...

Não apenas as poesias e outros escritos, mas as fotos estão muito belas!

Ainda não li tudo ( por pura falta de tempo) e de ansiedades com as coisas por fazer e a demora que faz o tempo sussurrar ao meu ouvido: Ainda não? Outra postergação?

Abração,

Zilá.